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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

"...vivi como um ser invisível"

'Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisível'

Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da
'invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas
enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado
sob esse critério, vira mera sombra social.

Plínio Delphino, Diário de São Paulo.

O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou
oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali,
constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres
invisíveis, sem nome'. Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu
comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma
percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão
social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa.
Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de
R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição
de sua vida:

'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode
significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o
pesquisador.

O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não
como um ser humano. 'Professores que me abraçavam nos corredores da USP
passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes,
esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me
ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão',
diz.
 

No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma
garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha
caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra
classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns
se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo
pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e
serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. 


E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse:
'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi.
Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar
comigo, a contar piada, brincar.

O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?
Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. Aí
eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo
andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na
biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei
em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse
trajeto e ninguém em absoluto me viu. Eu tive uma sensação muito ruim. O
meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da
cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar,
não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.

E depois de oito anos trabalhando como gari? Isso mudou?
Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a
situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se
aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar
por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse
passando por um poste, uma árvore, um orelhão.

E quando você volta para casa, para seu mundo real?
Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está
inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais. Acredito
que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Esses
homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa
deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador.
Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles são
tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo
nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Língua portuguesa ou brasileira?

Ora, pois
Língua brasileira?

“Não falamos português, falamos brasileiro!”, diz Eni Orlandi, autora do livro Língua Brasileira e Outras Histórias. Para ela, a língua brasileira é tão diferente da portuguesa quanto o latim é do português. O reflexo são “erros” que todo mundo comete e que as gramáticas proíbem, como a mania nacional do pronome antes do verbo – “me avise”. Não chega a ser um problema, é apenas nosso jeito de falar. Veja outros exemplos.

TEMPOS COMPOSTOS
A preferência nacional é por tempos construídos com dois verbos, enquanto o português prefere os tempos simples
BRASILEIRO: “Vai passar nessa avenida um samba popular”
PORTUGUÊS: “Passará nessa avenida um samba popular”

TOPICALIZAÇÃO
Em terras brasileiras, costumamos repetir parte das frases de maneiras diferentes
BRASILEIRO: “O menino, ele saiu depressa”
PORTUGUÊS: “O menino saiu depressa”

GERÚNDIO
Nós preferimos dizer no gerúndio, e o português, no infinitivo
BRASILEIRO: “Às vezes no silêncio da noite, eu fico imaginando nós dois”
PORTUGUÊS: “Às vezes no silêncio da noite, eu fico a imaginar nós dois”

DISCURSO
O jeito de pensar, construir as frases e os significados é diferente entre brasileiro e português-sem piada
BRASILEIRO: “A coxinha acabou”
PORTUGUÊS: “Temos coxinha, mas acabou”

PRONOMES
O brasileiro gosta de colocar o pronome antes do verbo e o português, depois
BRASILEIRO: “Deixa disso, camarada, me dá um cigarro”
PORTUGUÊS: “Deixa disso, camarada, dê-me um cigarro”

SIGNIFICADOS
E as duas línguas têm a mesma palavra, mas com definições diferentes
BRASILEIRO: Bizarro (com o sentido de esquisito, com aspecto estranho)
PORTUGUÊS: Bizarro (com o sentido de bem equipado, bem-apessoado)

Fonte: Revista Galileu//Rita Loiola

O fim das cobaias.

A partir de 2014, um computador testará cirurgias e remédios no seu lugar

Ratinhos em laboratórios de todo o mundo, alegrem-se: vocês vão perder o emprego. E, se tudo der certo, as boas novas não vão parar por aí. Passar por cirurgias arriscadas ou tomar um remédio desnecessário será coisa do passado. Um grupo de 13 universidades europeias está construindo esse futuro, por meio do VPH (sigla em inglês para Humano Fisiológico Virtual).

O projeto Genoma mapeou o corpo humano “quebrando-o” na menor parte, os genes. O esforço no VPH é reunir toda essa informação (dos genes às células e até órgãos) em computadores para criar uma réplica de... você.

Sentiu uma dor no coração? Seu prontuário estará no notebook do médico. A máquina poderá, então, simular tratamentos num órgão exatamente igual ao seu. O programa exibirá em 3D todas as suas reações a novas substâncias e cirurgias.

“Nós testamos medicamentos em animais para ter certeza deque são bons para humanos. Se tivermos um modelo que nos represente, para que usar um animal?”, diz a italiana Vanessa Diaz, coordenadora do projeto.

A má notícia? Deve levar umas três décadas para que o homem virtual completo esteja pronto.
A boa: em cinco anos, já será possível simular tratamentos em alguns órgãos.

Fonte: Revista Galileu//Mariana Lucena

Beijo

Beijar – com intuito amoroso – não é uma prática adotada em todas as culturas. Assim, as explicações para esse hábito não devem estar em nossos genes.


Mesmo assim, nos perguntamos por que tantos de nós fazemos isso e por que é tão bom. Uma hipótese é que a nossa primeira experiência de conforto, segurança e amor vem das sensações bucais associadas com o aleitamento materno. Somado a isso, nossos ancestrais provavelmente alimentavam seus bebês boca a boca, com alimentos pré-mastigados. Isso reforça a conexão entre compartilhamento de saliva e prazer.


Outra idéia é que o beijo tem origem na coloração dos lábios. Nossos ancestrais se sentiam mais atraídos pelas frutas vermelhas, e “furtaram” esse elemento com propósitos sexuais, desenvolvendo uma pronunciada coloração vermelha nas genitálias e nos lábios. “Em vez de reinventar a roda, nossos ancestrais usaram a mesma paleta”, diz V.S. Ramachandran, da Universidade da Califórnia. Como os lábios vermelhos se destacam mais em pessoas caucasianas, ele sugere que o hábito de beijar teve início em latitudes mais ao norte.


Quando o assunto é a fisiologia do beijo, pisamos em terreno mais firme. Nossos lábios estão entre as partes mais sensíveis do corpo. São cheios de neurônios ligados aos centros de prazer no cérebro. Há até pesquisadores que cogitam uma ligação entre os beijos  e a maneira como investigamos a compatibilidade biológica com um potencial parceiro.


Estudos mostram que nos sentimos mais atraídos pelo cheiro do suor de pessoas com o sistema imunológico o mais distante possível do nosso, pois é com elas que iremos produzir bebês saudáveis. E o beijo nos dá uma oportunidade de cheirar isso mais de perto.

Fonte: Revista Galileu

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Conselho de advogado

LER!
CONSELHO DE ADVOGADO

Um advogado fez circular a seguinte informação para os empregados de seu escritório:


1.
Não assine a parte de trás de seus cartões de crédito. Em vez disso, escreva 'SOLICITAR RG'.

2.
Ponha seu número de telefone de trabalho em seus cheques em vez de seu telefone de casa. Se você tiver uma Caixa Postal de Correio use esta em vez de seu endereço residencial. Se você não tiver uma Caixa Postal, use seu endereço de trabalho. Ponha seu telefone celular ao invés do residencial.

3.
Tire Xérox do conteúdo de sua carteira. Tire cópia de ambos os lados de todos os documentos, cartão de crédito, etc. Você saberá o que você tinha em sua carteira e todos os números de conta e números de telefone para chamar e cancelar. Mantenha a fotocópia em um lugar seguro. Também leve uma fotocópia de seu passaporte quando for viajar para o estrangeiro. Sabe-se de muitas estórias de horror de fraudes com nomes, CPF, RG, cartão de créditos, etc... roubados.

Infelizmente, eu, um advogado, tenho conhecimento de primeira mão porque minha carteira foi roubada no último mês. Dentro de uma semana, os ladrões compraram um caro pacote de telefone celular, contrataram um cartão de crédito VISA, tiveram uma linha de crédito aprovada para comprar um computador, dirigiram com minha carteira...


E MAIS....


4.
Nós fomos informados que nós deveríamos cancelar nossos cartões de crédito imediatamente. Mas a chave é ter os números de telefone gratuitos e os números de cartões à mão, assim você sabe quem chamar.
Mantenha estes onde você os possa achar com facilidade.


5.
Abra um Boletim Policial de Ocorrência (B.O.) imediatamente na jurisdição onde seus cartões de crédito, etc., foram roubados. Isto prova aos credores que você tomou ações imediatas, e este é um primeiro passo para uma investigação (se houver uma).

Mas aqui está o que é talvez mais importante que tudo:


6.
Chame imediatamente o SPC (11-3244-3030) e SERASA (11-33737272)e outros órgãos de crédito (se houver) para pedir que seja colocado um alerta de fraude em seu nome e número de CPF. Eu nunca tinha ouvido falar disto até que fui avisado por um banco que me chamou para confirmar sobre uma aplicação para empréstimo que havia sido feita pela Internet em meu nome. O alerta serve para que qualquer empresa que confira seu crédito saiba que sua informação foi roubada, e eles têm que contatar você por telefone antes que o crédito seja aprovado..

Até que eu fosse aconselhado a fazer isto (quase duas semanas depois do roubo), todo o dano já havia sido feito. Há registros de todos os cheques usados para compras pelos ladrões, nenhum dos quais - eu soube - depois que eu coloquei o alerta. Desde então, nenhum dano adicional foi feito, e os ladrões jogaram fora minha carteira. Este fim de semana alguém a devolveu para mim. Esta ação parece ter feito eles desistirem.


Passamos para frente muitas piadas pela Internet . Mas se você estiver disposto a passar esta informação, realmente poderá ajudar alguém!
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