Se o livro O Gene Egoísta, do ensaísta britânico Richard Dawkins, estiver certo, nós devemos "aprender o altruísmo porque nascemos egoístas". A cordialidade com a família não conta, pois há uma recompensa.
Compartilhamos com eles parte dos genes. Assim, ao ajudá-los, ampliamos nossa imortalidade genética. Outros atos de aparente altruísmo são, em boa parte, apenas reciprocidade.
Isso faz sentido em termos evolutivos. Ajudar alguém sem nada em troca coloca você em uma posição ruim nas apostas pela sobrevivência. O problema é que evidências apontam que há pessoas genuinamente envolvidas em atos de altruísmo. Isso fez biologistas concluírem que a característica faz parte da natureza humana.
Robert Trivers, da Universidade Rutgers, em Nova Jersey, argumenta que a seleção natural favoreceu humanos que eram altruístas em seus agrupamentos, dos quais poderiam esperar reciprocidade. Mas hoje, quando muitas de nossas interações acontecem com pessoas que não conhecemos e nunca iremos rever, nossas tendências altruísticas perdem o sentido.
Outros pesquisadores dizem que o altruísmo pode não ser produto da evolução genética. Para eles, quando nossos ancestrais passaram a moldar o ambiente por meio da cultura, nós fomos envolvidos em um processo de coevolução genética e cultural. Alguns mecanismos siciais sustentam essa ideia: o medo da punição, a construção da reputação e a ideia de igualdade.
Fonte: Revista Galileu
Nenhum comentário:
Postar um comentário