Peças usadas e sucatas são cada vez mais reaproveitadas como material para indústria
Cada vez mais empresas descobrem quanta matéria-prima valiosa pode ser extraída de peças usadas nos automóveis. Os veículos inutilizados podem dar origem a produtos como ferramentas, solas de sapato e até sacos de lixo. O motor de todo esse processo é a reciclagem, que está sendo realizada até mesmo com peças trocadas em simples revisões de rotina.
São peças como amortecedores, molas de suspensão e escapamentos com defeito retiradas dos veículos que chegam lá para fazer balanceamento e revisão. Contêm materiais como aço, alumínio e plástico, que são revendidos para a indústria.
O programa começou em 2002 no Estado de São Paulo. Em 2004, engatou a quinta e expandiu a iniciativa para as 200 lojas em sete Estados do país. Uma empresa foi contratada só para fazer a gestão dos resíduos.
Só de metais, são 61 toneladas por mês. Apenas de pneus, são 167 toneladas - que podem virar combustível alternativo para fornos de indústrias de cimento e solado para sandálias.
"A reciclagem é o futuro", acredita Érico Sommer, diretor de energia e Meio Ambiente da Gerdau. Fabricar aço a partir de material reciclável demanda menos energia e - é claro - minério. Além de colaborar com a preservação do meio ambiente, a reciclagem não pesa no orçamento das empresas. "O investimento é sustentável também no aspecto financeiro", destaca Paulo Davidoff, gerente de Marketing da DPaschoal. Ele acredita ainda que a atitude ajuda a conscientizar funcionários e clientes.
Hoje, a Gerdau tira 40% de aço da matéria-prima do aço de peças recicláveis. A maior parte é proveniente de automóveis que não rodam mais. Ela também recicla cerca de 2,5 milhões de toneladas de aço por ano só no Brasil.
Parte disso já é lei. Desde 1993, é obrigação dos fabricantes de pneus, lubrificantes e baterias reciclar ou dar um destino final adequado a esses produtos.
Revista Época
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