Lolita, em sua suavidade de libélula, voa.
Leveza de pétala
em exibida dança,
gira e roda, roda e gira:
deseja imitar o sopro do vento,
para baixo e para o alto,
para o alto e para baixo.
E se esquece...
Não é borboleta.
Em tentação de pássaro:
voa rio acima, baila rio abaixo.
Transparência de Asas.
Vaidosa, vive perto das águas que refletem
a sua lindeza.
O sol se espreguiça na terra, e ela se esconde
atrás de uma begônia.
Com volteios de bailarina vai aonde nascem as tulipas,
as rosas brancas, vermelhas e as margaridas...
A libélula Lolita pousa com intimidade
em todas as flores.
Sem medo de se mostrar,
não tem segredos nem tristeza.
Encerrada a vida de um dia,
rumo ao silêncio,
a noite acolhe a libélula num cortejo
de vaga-lumes.
Luciana Savaget
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