Em termos de sobrevivência evolutiva, é um desafio explicar a peculiar ânsia humana para criar trabalhos de arte. Darwin sugeriu que isso tem origem na seleção sexual, e Geoffrey Miller, da Universidade do Novo México, nos EUA, concorda.
Ele afirma que a arte é como uma enorme cauda de pavão. Seus estudos mostram que, no pico mensal da fertilidade, as mulheres preferem homens mais criativos do que ricos. Mas Miller reconhece que o sexo sozinho não deve explicar a evolução da arte. "Ela deve ter se originado para alguma outra função e adquiriu a característica de plataforma sexual mais tarde", diz.
Os psicólogos Jonh Tooby e Leda Cosmides, da Faculdade da Califórnia, pensam que a vontade de protagonizar experiências estéticas pode ter evoluído para nos impelir a aprender diferentes aspectos do mundo.
Brian Boyd, da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, afirma que a arte é uma forma de jogo intelectual que nos permite explorar novos horizontes em um ambiente seguro.
Mas nada disso explica o nosso senso estético. Michael Gazzaniga, também da Universidade da Califórnia, sugere que nós fomos programados a achar certas imagens mais agradáveis porque o nosso cérebro as processa mais rapidamente. Contudo, ele diz que nós gostamos de um tipo de arte não apenas por causa de seu apelo estético, mas porque ao vê-la - ou, melhor, possuí-la - ela vira um símbolo de status.
E aí voltamos ao pavão...Revista Galileu
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