Titulo Original: Um Assalto de Fé
Gênero: Comédia
Duração: 96 min.
Origem: Brasil
Estreia: 02 de Dezembro de 2011
Direção: Cibele Amaral
Roteiro: Cibele Amaral, Evandro Vieira e Fernando Campos
Distribuidora: Festival Filmes
Censura: 12 anos
Ano: 2011
Duração: 96 min.
Origem: Brasil
Estreia: 02 de Dezembro de 2011
Direção: Cibele Amaral
Roteiro: Cibele Amaral, Evandro Vieira e Fernando Campos
Distribuidora: Festival Filmes
Censura: 12 anos
Ano: 2011
SINOPSE
Galinha Preta e Lapão são convencidos por
Jerônimo a assaltar a igreja onde ele trabalha de tesoureiro, durante um evento
gospel. Para completar a quadrilha eles contratam Nildinha, uma stripper
evangélica e Japonês, que será o motorista de fuga.
O filme “Um assalto de fé”, de Cibele Amaral, deve
estrear em circuito comercial no dia 2 de dezembro. Trata-se de uma comédia com
elementos de ação cuja matéria-prima principal é a ganância. O roteiro do filme
é baseado no conto “Trabalho do Galinha Preta”, de Evandro Vieira, que foi
premiado por um concurso literário do SESC e faz parte do livro “Grosseria
Refinada”.
Desde 2004, Evandro e Cibele começaram a trabalhar
no roteiro, que a princípio seria um curta-metragem. Porém, sendo uma produção
cara, a diretora optou por transformá-lo em um longa.
A trama central são os pequenos roubos de um trio
de amigos, cujo líder chama-se Galinha Preta, um seguidor de religiões afro.
Depois de vários golpes frustrados, que levaram os três amigos a inclusive
trabalhar como empacotadores num supermercado, Galinha Preta e Lapão aceitam
participar do assalto a uma igreja evangélica, organizado por Jerônimo. Este
personagem havia se afastado dos outros no passado, se infiltrou na igreja.
Agora ele serve como tesoureiro, namora a filha do pastor e planeja o golpe
justamente no dia de um grande show gospel.
Eles contratam como motorista o Japonês, um glutão
que só pensa em comida e contam com a ajuda de Nildinha, uma stripper
evangélica. Por causa de um sonho, ela acredita ter recebido uma mensagem
divina de que deveria fazer tudo que o Galinha Preta pedisse, pois só assim
mudaria de vida.
Apesar de parecer improvável, a quadrilha se dá
bem, até um determinado momento onde tudo começa a fugir do planejado, acabando
com o sonho de se mudarem pra Salvador.
A igreja evangélica fictícia é liderada pelo pastor
Ozéas, que faz de tudo para pegar dinheiro dos fiéis. O cantor Falcão faz uma
participação, vivendo o desonesto pastor Rick de Souza, que ilude seus
seguidores para conseguir mais dízimos e ofertas durante o tal show gospel.
O elenco principal é formado por Alexandre Carlos,
vocalista da banda Natiruts (como Galinha Preta), Jovane Nunes (o Zeca de Zorra
Total) como pastor Ozéas, Cibele Amaral (a stripper Nildinha), Lauro Montana
(Lapão), André Deca (Jerônimo), Alessandro Santos (Japonês) e a participação
especial de alguns grupos de comédia como “Os melhores do mundo” e “G7”.
Rodado inteiramente na cidade satélite de
Brazlândia (DF), o filme já percorreu os Festivais de Cinema de Brasília e do
Rio em 2010 e agora parte para sua distribuição nacional.
Este é o primeiro filme de Cibele Amaral, que
afirmou “É um gênero muito procurado no Brasil. É o típico filme de que o
público gosta”, observa a diretora ressaltando o aspecto humorístico do longa.
Ela acrescenta ainda que nos testes de audiência, a história foi bem aceita
pelos evangélicos.
A expectativa da diretora quanto ao desempenho da
produção nos cinemas é boa. O filme não precisa de um grande público para
cobrir o investimento feito. “É a vantagem de um filme de baixo orçamento”,
observa Cibele.
Mesmo se propondo a entreter, o filme abusa dos
clichês típicos de todo crítico do crescimento dos evangélicos no país. Os
pastores são espertalhões e os crentes, tolos manipuláveis. A certa altura, um
dos pastores diz que não pode entregar o dinheiro aos bandidos, pois ele
serviria para “pagar os pecados dos fiéis”.
Esse não é o primeiro filme a zombar dos
evangélicos, mas é preocupante como cada vez mais essa é a imagem que parece
prevalecer. Depois de Hollywood mostrar os cristãos por um ângulo negativo,
agora parece que chegou a hora do cinema sul-americano. No mês passado foi
lançado no Chile o filme Dios me libre [Deus me Livre] que zomba abertamente
dos métodos de arrecadação de igrejas como a IURD.
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