Em 2001, CHITTARANJAN ANDRADE E B. S. SHIHARI, do
Instituto Nacional da Saúde Mental e Neurociência de Bangalore, na Índia,
ganharam um prêmio IgNobel – uma sátira do Nobel – por conta de suas pesquisas
sobre o hábito humano de meter o dedo no nariz.
Eles analisaram 200 voluntários
adolescentes de escolas locais e constataram que quase todos se dedicam a essa
prática quatro vezes por dia, em média. Contudo, só 9 deles (4,5%) confessaram
comer o fruto de sua caçada nasal.
Se levarmos em conta o estigma social associado aos “comedores
de meleca”, esse número parece estar aquém da realidade. Mas, mesmo que os
números sejam menores do que o senso comum mostra, a pergunta é inevitável: o
que leva alguns de nós a se alimentar das próprias catotas?
O s pesquisadores não encontraram nenhuma diferença
entre os “comedores” e os demais e foram negligentes ao não perguntar aos
primeiros os porquês do hábito. É possível que a ingestão de detritos nasais
ajude a construir respostas imunológicas mais saudáveis.
Pesquisadores que investigam hábitos de higiene já
levantaram evidências de que a falta de exposição a agentes infecciosos pode aumentar a suscetibilidade para doenças
alérgicas.
Parece que a única
pesquisa conclusiva sobre o assunto é de 1966. Naquele ano, o pesquisador
Sidney Tarachow, da Universidade Estadual de Nova York, descobriu que as
pessoas que comiam suas catotas faziam isso por uma única razão: achavam a
coisa deliciosa.
Revista Galileu
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