Nós podemos ser os "macacos pelados", mas em uma medida capilar superamos todos os demais primatas. Enquanto a maioria deles tem cabelos mais finos em volta da genitália - em comparação com o resto do corpo-, os humanos adultos ostentam uma espessa moita pubiana.
Há muito tempo, estudiosos vêm pensando que essa característica é remanescente de um período bem mais peludo da nossa história evolutiva e que a grande questão é porque o resto do corpo perdeu o seu casaco natural. Robin Weiss, da Universidade College London, defende que os nossos pelos púdicos ficaram mais espessos em algum ponto da nossa evolução. E isso deve ter acontecido por alguma razão. Sim, mas qual?
Não há uma explicação plenamente aceita, mas muitas vantagens potenciais têm sido apontadas. A mais popular é a que dá conta de que os pelos mais espessos se juntam nas áreas em que ficam as glândulas apócrinas - responsáveis por alguns de nossos cheiros - sudoríparas e écrinas - que controlam a nossa refrigeração.
Tudo combinado, isso pode servir para mandar pelos ares os odores indicando a nossa maturidade sexual. Isso se dá também no campo visual, coma as ancas mais largas nas mulheres e os pelos nos rostos dos homens. Alguns outros benefícios podem ter feito valer a pena desenvolvermos essa pelagem. Uma moita espessa não apenas protege a genitália durante o sexo e em outros momentos, ela também ajuda a manter essas sensíveis regiões aquecidas, livres de correntes de ar.
Revista Galileu
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