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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Rap - LADO BOM

Lado Bom


Periferia tem seu lado bom
Manos, vielas e futebol no campão
Meninas com bonecas e não com filhos
Planejando assim um futuro positivo


Sua paz é você quem define
Longe do álcool, longe do crime
A escola é o caminho do sucesso
Pro pobre honrar desde o começo


E dizer bem alto que somos a herança
De um país que não promoveu as mudanças
Sem atrasar ninguém, rapaz
Fazendo sua vida se adiantar na paz


Jogando bolinha, jogando peão
Vi nos olhos da criança a revolução
Que solta a pipa pensando em voar
Para não ver o barraco que era o seu lar


Periferia lado bom o que você me diz
Alguns motivos pra te deixar feliz
Longe do álcool, longe do crime
Sua paz é você que define

Rap do escritor Ferrez

Offline de Gabriel "O Pensador"

Offline

Internet todo dia
enterrando a poesia
destruindo o que ainda restava de nostalgia
a magia criativa
prende a asa em sua teia
distraindo-se em mensagens bonitas
de gente feia

gente linda
gente horrenda
gente boa e gente falsa
meu miolo mole
coice de mula
mala sem alça
sem calça
sem blusa
sem conexão no peito
congelou meu coração
que já não quer rodar direito

restart
começa do zero por outra parte
a memória tem limite
então delete, descarte
desconte
desmonte
desligue, se possível
desconecte sua cabeça
apareça invisível

aparecer invisível
desaparecer na tela
aparecer invisível
desaparecer no mundo
aparecer invisível
desaparecer na vida
pra não parecer horrível
aparecer invisível
 Gabriel O Pensador - autor do poema

sábado, 12 de novembro de 2011

Rumo: Somente sou quando em verso

Rumo:
Somente sou quando em verso

Minhas faces mais diversas
São labirintos antigos
Que me confundem e perdem

Meu pensamento perfura
Muros de nada à procura
Do que não fui nem serei

Ante a carne fêmea e branca
Meu corpo se recompõe
Ofertando o que não sou

Meu caminhar e meus gestos
Mal e apenas anunciam
Minha ainda permanência

Para chegar até onde
Não me presumo, mas sou
Sigo em forma de palavra

Thiago de Mello

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Poesia de Cordel 2

Garanhão fim de carreira

Confesso nunca pensei
que nessa altura da vida
tinha tanto pra aprender
coisa que até Deus duvida
e numa roda de prosa
quatro viúvas formosas
colocaram na berlinda.

Para assunto de mulher
de todos, o preferido
inda que não se confesse
quando não se tem marido
é o famigerado homem
seja anjo ou lobisomem
é o que causa alarido.

Dessa vez a abordagem
foi um jogo da verdade
a cerca dos garanhões
com suas dificuldades
pois o tempo implacável
transforma o abominável
numa ex-celebridade.

Quem falou é catedrática:
o que era bom nos quarenta
fica pra lá de custoso
quando chega nos sessenta
com muita fé e oração
consegue a anunciação
só Deus sabe se levanta.

Quem quiser me contestar
não se faça de rogado
estou vendendo o peixe
por valor que foi comprado
não ganhei e nem perdi
pois nunca eu conheci
garanhão acabrunhado.

Mas entrou na minha lista
pra pedir com muita fé
Deus me livre desse fardo
que esse fardo ninguém quer
garanhão fim de carreira
é bom mas só de canseira
e para enfadar mulher.

 Se verdade ou mentira
isso eu não posso falar
mas que causou muito riso
ninguém poderá negar
com álcool ou neutralizada
cerveja faz a mulherada
suas agruras confessar.

Tere Penhabe
Santos, 27/09/2006

Poesia de Cordel

O BEM E O MAL

 São dois senhores distintos,
que se conhecem tão bem
há milênios que se encontram
e  que brigam  por alguém.
Há quem diga que o primeiro
nada tem de sensual
mas o segundo, se existe,
é o tal do homem fatal!

Estamos sempre querendo
com o Bem nos encontrar
mas é o Mal que atravessa,
nosso caminho mais vezes
porque o Bem é quase sempre,
um sonho a acalentar
mas o Mal está presente,
em todos os nossos reveses.

O Bem sempre se comporta,
e se veste com esmero.
O Mal é uma coisa torta,
que só leva ao desespero.
Do primeiro nos vem a paz,
a alegria de viver
No segundo está o segredo,
de se viver por prazer.

Eles são tão parecidos,
que muito nos enganamos
Mais de uma vez nós contamos,
a vida inteira com um
quando menos se espera,
é o outro que vem chegando
quase sempre o Mal,
no lugar do Bem ficando.

Ninguém passa por esta vida,
sem aos dois bem conhecer
porém muitos vão embora,
sem nem ao menos saber
se foi o Bem ou o Mal
que em seu coração esteve
passeando em sua alma,
dormindo na sua rede.

Aos amigos é o Bem,
que eu desejo apresentar
mas ao estender a mão,
pode em Mal se transformar
e esse grande segredo
não há como decifrar
é preciso correr o risco,
o Bem e o Mal encarar.

Para aqueles que amo,
o mistério vou desvendar
se quer o Bem conhecer,
e com ele sempre estar
tenha no rosto um sorriso,
e não o deixe se apagar
que o Mal jamais convive,
com um sorriso a brilhar.

Agora vou caminhando,
com o Bem vou me encontrar
mas se na curva da estrada,
o Mal me interceptar
eu conto com o seu amor,
para me fazer voltar
porque só o amor consegue,
o Mal em Bem transformar.
Tere Penhabe
Itanhaém, 15/01/2004

Só Mário Quintana

Um dia...
...Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.
Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela...
Um dia nós percebemos que as mulheres têm instinto "caçador" e fazem qualquer homem sofrer ...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como "bonzinho" não é bom...
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...
Um dia saberemos a importância da frase: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..."
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais...
Enfim...
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos
todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito...
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas
as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.

[Quem Sabe um Dia]
Quem Sabe um Dia
Quem sabe um dia
Quem sabe um seremos
Quem sabe um viveremos
Quem sabe um morreremos!

Quem é que
Quem é macho
Quem é fêmea
Quem é humano, apenas!

Sabe amar
Sabe de mim e de si
Sabe de nós
Sabe ser um!

Um dia
Um mês
Um ano
Um(a) vida!

Sentir primeiro, pensar depois
Perdoar primeiro, julgar depois
Amar primeiro, educar depois
Esquecer primeiro, aprender depois

Libertar primeiro, ensinar depois
Alimentar primeiro, cantar depois

Possuir primeiro, contemplar depois
Agir primeiro, julgar depois

Navegar primeiro, aportar depois
Viver primeiro, morrer depois

Canção do dia de sempre
Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...

Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...

E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...

E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.

Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.

Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...

Amar


Amar
Carlos Drummond de Andrade
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
 
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
 
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.
 
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
 
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
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