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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O dia em que a caça consolou o caçador no Pacaembu

O dia em que a caça consolou o caçador no Pacaembu

Dois alvinegros, Santos e Botafogo, faziam os grandes jogos dos anos 60. Pelé x Garrincha, fora outros gigantes dos dois timaços.

Num desses jogos, em São Paulo, os cariocas fizeram uma exibição inesquecível e, estranhamente, pouco badalada nos embates entre os dois melhores times do país naquela época. Aliás, sempre que se fazem referências aos jogos entre Botafogo e Santos daqueles tempos, só são lembradas as vitórias santistas, as goleadas de Pelé & Cia. Pois o Pacaembu estava lotado para ver mais uma.

Pelé e Mané estavam em campo, mas o diabo estava era no corpo que vestia a camisa sete, não a dez. O lateral-esquerdo Dalmo, do Santos, viveu uma tarde de terror. Garrincha pegava a bola e, andando, levava Dalmo até dentro da grande área, onde o zagueiro não podia fazer falta.

O Pacaembu não acreditava no que via: um ponta andar desde a intermediária até a área sem que o lateral tentasse tirar a bola, temeroso do drible desmoralizante. Até que Dalmo percebeu que tinha virado motivo de chacota dos torcedores, muitos dos quais nem santistas eram, mas que iam ao campo na certeza do espetáculo.

E Dalmo resolveu bater antes de chegar à grande área. Bateu uma vez, Garrincha caiu, o árbitro marcou a falta e repreendeu o paulista. Bateu outra vez, Garrincha voltou ao chão, o árbitro marcou a falta e ameaçou Dalmo de expulsão, porque naquele tempo o cartão amarelo não existia.

A terceira falta de Dalmo foi a mais violenta, como se ele estivesse pensando: "Arrebento essa peste, sou expulso, mas ele não joga mais".

Pensado e feito. Enquanto o gênio das pernas tortas estava estirado no bico direito da área dos portões principais do Pacaembu, o árbitro determinava a expulsão de Dalmo, cercado por botafoguenses justamente irados com seu gesto.

Eis que, como um acrobata, Garrincha levanta-se, afasta seus companheiros, bota o braço esquerdo no ombro de Dalmo e o acompanha até a descida da escada para o vestiário, que, então, ficava daquele lado.

Saíram conversando, como se Garrincha justificasse a atitude, entendesse que, para pará-lo, não havia mesmo outro jeito.

O Botafogo ganhou de 3 a 0 e saiu aplaudido do estádio. Tinha visto uma autêntica exibição do Carlitos do futebol, digna mesmo de Charles Chaplin, divertida, anárquica, humana, sensível, solidária.


Crônica do jornalista Juca Kfouri
publicada na revista Lance a Mais (em 9/9/2000),
ilustrada por Andrés Sandoval

Qualidades do Professor

Qualidades do Professor

Se há uma criatura que tenha necessidade de formar e manter constantemente firme uma personalidade segura e complexa, essa é o professor.

Destinado a pôr-se em contato com a infância e a adolescência, nas suas mais várias e incoerentes modalidades, tendo de compreender as inquietações da criança e do jovem, para bem os orientar e satisfazer sua vida, deve ser também um contínuo aperfeiçoamento, uma concentração permanente de energias que sirvam de base e assegurem a sua possibilidade, variando sobre si mesmo, chegar a apreender cada fenômeno circunstante, conciliando todos os desacordos aparentes, todas as variações humanas nessa visão total indispensável aos educadores.

É, certamente, uma grande obra chegar a consolidar-se numa personalidade assim. Ser ao mesmo tempo um resultado
como todos somos da época, do meio, da família, com características próprias, enérgicas, pessoais, e poder ser o que é cada aluno, descer à sua alma, feita de mil complexidades, também, para se poder pôr em contato com ela, e estimular-lhe o poder vital e a capacidade de evolução.

E ter o coração para se emocionar diante de cada temperamento.

E ter imaginação para sugerir.

E ter conhecimentos para enriquecer os caminhos transitados.

E saber ir e vir em redor desse mistério que existe em cada criatura, fornecendo-lhe cores luminosas para se definir, vibratilidades ardentes para se manifestar, força profunda para se erguer até o máximo, sem vacilações nem perigos. Saber ser poeta para inspirar. Quando a mocidade procura um rumo para a sua vida, leva consigo, no mais íntimo do peito, um exemplo guardado, que lhe serve de ideal.

Quantas vezes, entre esse ideal e o professor, se abrem enormes precipícios, de onde se originam os mais tristes desenganos e as dúvidas mais dolorosas!

Como seria admirável se o professor pudesse ser tão perfeito que constituísse, ele mesmo, o exemplo amado de seus alunos!

E, depois de ter vivido diante dos seus olhos, dirigindo uma classe, pudesse morar para sempre na sua vida, orientando-a e fortalecendo-a com a inesgotável fecundidade da sua recordação.


Texto de Cecília Meireles, extraído do livro Crônicas de Educação 3
Ilustrado por Laurabeatriz

terça-feira, 12 de julho de 2011

Os seis

Sabe quando nasci, no dia 16 de fevereiro de 2011. Tenho, aproximadamente, três meses de vida, só isso!? É, pois estou ainda aprendendo a ler; aprendi o ler, escrever e viver. Culpa de quem? Da professora FRANCISCA DE LOURDES. Ela, não me ensinou, não! Mas, sim, incentivou-me a fazer leitura, mastigar e consumir os textos. Despertou em mim o que já sabia, desde quando papai estava pensando em me formar com a mamãe. Bonito, né!? Agora, acordado, observo a tudo, ou quase nada.
      Ah! Eu quero falar também, do não só... mas também; como é lindo isto. Aprendi com quem? Ora, com a simpática educadora JEIVIANE JUSTINIANO, através da sua forma de ensinar ensinando um ensino dinâmico e ensinador, espera aí, tanto... quanto, o uso dos quês... fantástico!
      Dizem que rir elasticida a máscara facial, por esta razão, lembro-me do mestre WASHINGTON, meu educador. Dinâmico e piadista - com todo respeito! - inteligente; porém, esperto. Cobra mesmo! Exercitei fonética e lembrei casos sonoros que são demais, por exemplo, uma contração foneticamente ilariante: TELESÉ. Se Quindin me ouvisse agora! Ainda bem que o livro "Emília no país da gramática" está fechado agora; ou não!? Ele me sucumbiria. Então, posso dizer-te que tu não és "leso", professor, TELESOMERMO.
      Durante a semana, ao passar de cada hora, vivo a metodologia Paulofreiana. Existe esta composiçao aglutinativa, gramático Washington? Espera, posso responder! - Existe. Porque vivemos de Neologismos. Somos livres. Até quando soa a interjeição: Queridos! Não é, amada educadora VERA ANTUNES? Uma aula proveitosa e, ao mesmo tempo, contagiosa de afeição e carinho. Infelizmente, é só uma vez por semana.
      Partindo desta sobrenatural atenção, convém-nos analisarmos a literatura. Sempre tive esta disciplina. Literatura pra'qui, estudos literários pra'li; poesias, cintos, estórias, histórias, cantigas e etc. Mas o que é mesmo literatura? Não me responda SENHOR, DOUTOR, MESTRE, PROFESSOR, como posso definí-lo em, FÉLIX? Com o senhor, aprendi que a literatura está nesta folha de papel A4; cor branca; fonte dos caracteres 10, prestem atenção: este branco foi composto por primitivos, pre ser o que é; as letras aqui foram digitadas por dedos, que através da corrente sanguínea cerebral, conseguiram formá-las em palavras, mas antes teve um rabisco e um manuscrito numa outra folha, que sem a caneta não as escreveriam, assim para a formação deste texto. Portanto, pra ser caneta escritora, também passou por um processo de criação pra escrever e é por isso que escrevi. É isto, literatura é a composição do quê e dos porquês que nos rodeiam, na vida e morte; no material e espiritual; no plural e singular. Queremos ter mais aulas com o senhor, "O lente Félix!"
      Duas aulas semanais, não é o suficiente pra enrolar a língua. Ou é? Posso até afirmar, porque com a lígua espanhola falada, discutida, cantada e ensinada pela professorinha PAULA HARO, é 10! QUERÍA UNA ETERNIDAD DE CLASSES ESPANHOLAS, visando o mercado que é mesmo exigente. Espanhol dinâmico e carismático de instinto fluidor e conhecimentos metódicos envolventes. Agora sou seu aluno, orgulho-me disto... MUCHAS GRACIAS, MUCHAS... PROFESORA.
      Sendo assim, do eu até eles, somos um coral e uma poesia que sempre é regido e citada conforme a necessidade de cumprirmos o papel de estudante. E, nunca termos medo de errar, pois é nele; no erro, que aprendemos e alcançamos as excepcionais vitórias.

MUITO OBRIGADO, UNINORTE! OBRIGADO LPN01S1, MINHA TURMA!

De: Francisco Eriberto
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