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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Beijo

Beijar – com intuito amoroso – não é uma prática adotada em todas as culturas. Assim, as explicações para esse hábito não devem estar em nossos genes.


Mesmo assim, nos perguntamos por que tantos de nós fazemos isso e por que é tão bom. Uma hipótese é que a nossa primeira experiência de conforto, segurança e amor vem das sensações bucais associadas com o aleitamento materno. Somado a isso, nossos ancestrais provavelmente alimentavam seus bebês boca a boca, com alimentos pré-mastigados. Isso reforça a conexão entre compartilhamento de saliva e prazer.


Outra idéia é que o beijo tem origem na coloração dos lábios. Nossos ancestrais se sentiam mais atraídos pelas frutas vermelhas, e “furtaram” esse elemento com propósitos sexuais, desenvolvendo uma pronunciada coloração vermelha nas genitálias e nos lábios. “Em vez de reinventar a roda, nossos ancestrais usaram a mesma paleta”, diz V.S. Ramachandran, da Universidade da Califórnia. Como os lábios vermelhos se destacam mais em pessoas caucasianas, ele sugere que o hábito de beijar teve início em latitudes mais ao norte.


Quando o assunto é a fisiologia do beijo, pisamos em terreno mais firme. Nossos lábios estão entre as partes mais sensíveis do corpo. São cheios de neurônios ligados aos centros de prazer no cérebro. Há até pesquisadores que cogitam uma ligação entre os beijos  e a maneira como investigamos a compatibilidade biológica com um potencial parceiro.


Estudos mostram que nos sentimos mais atraídos pelo cheiro do suor de pessoas com o sistema imunológico o mais distante possível do nosso, pois é com elas que iremos produzir bebês saudáveis. E o beijo nos dá uma oportunidade de cheirar isso mais de perto.

Fonte: Revista Galileu

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